Em primeiro lugar, vivemos um período em que a fronteira entre a vida digital e física é quase invisível. Nesse cenário, o papel do analista de cibersegurança torna-se cada vez mais crucial. De serviços bancários e compras online à infraestrutura energética e infraestruturas da saúde, tudo está conectado.
Essa hiperconectividade traz muitas vantagens. Em contrapartida, abre uma enorme avenida para ameaças. E assim, ataques cibernéticos deixam e ser meras conjecturas; é uma situação diária, dispendiosa e progressivamente mais sofisticada. Nesse complexo cenário digital, destaca-se uma função profissional essencial: a do analista de cibersegurança.
O Brasil, atualmente a oitava economia global e importante polo de TI sul-americano, não está isento aos perigos cibernéticos. Ao contrário, conforme as instituições locais se digitalizam rapidamente, a região para exposição a ataques hacker aumenta.
Segundo levantamento da NordVPN, o Brasil totalizava 700 milhões de investidas virtuais anuais. Por isso, houve um incremento notável nos números de advertências e comunicados de segurança, abrangendo desde golpes sofisticados para coleta de dados financeiros e pessoais (phishing), até tentativas de sequestro digital de servidores (ransomware ) que podem paralisar uma organização inteira.
Essa realidade criou uma demanda exponencial por especialistas. As empresas entenderam que um incidente de segurança significa não apenas perdas financeiras imediatas, mas, uma erosão da credibilidade do cliente, difícil de recuperar. Assim, a atividade dum analista de cibersegurança evoluiu de mero coadjuvante no suporte da TI para um participante crítico no escopo dos negócios.
No entanto, com que esse profissional realmente trabalha? Como descrever o dia a dia de suas atividades e quais são as causas pelo qual aparece como uma carreira das mais auspiciosas da década? Vamos explorar isso em detalhes.
Oportunidade de encarreiramento: onde está precisando de analista de cibersegurança?
Qualquer sociedade que possua dados valiosos ou dependa de infraestruturas computacionais para operar precisa de proteção. Por isso, um analista de cibersegurança não está limitado a um único segmento. Tal versatilidade é a maior vantagem dessa carreira.
Eis alguns segmentos que estão recrutando ativamente especialistas em TI e SOC:
- Security Operations Center (SOC): sem dúvida, este é o espaço profissional mais recorrente, especialmente para quem está começando. Muitas empresas terceirizam sua segurança para um Managed Security Service Provider (MSSP), que são centralizadores que operam SOCs 24 horas diárias, 7 dias semanais. Nesses centros, os técnicos trabalham em turnos monitoramento das redes dos clientes segundo a segundo.
- Serviços financeiros: Bancos, seguradoras e processadoras de pagamentos são alvos principais. Porque os riscos são enormes e o financiamento das atividades de segurança são proporcionalmente semelhantes.
- TI: Empresas de programação, prestadores de serviços em nuvem e firmas de telecomunicações precisam de equipes internas robustas para proteger tanto sua própria infraestrutura quanto aos registros dos clientes.
- Administração pública: Desde agências nacionais (como ABIN ou o CNCiber – Comitê Nacional de Cibersegurança) até a guarda segura dos dados dos contribuintes cidadãos (saúde, impostos). Em resumo, o segmento governamental tem uma necessidade crítica de especialistas.
- Infraestrutura crítica: Empresas dos setores de energia, serviços públicos, transporte e saúde gerenciam sistemas imprescindíveis para a operacionalidade da sociedade. Ataques bem-sucedidos a esses setores acarretariam consequências desastrosas, tornando a atividade do perito em segurança absolutamente essencial.
- Comércio eletrônico e varejo: salvaguardar os registros pessoais de milhões de consumidores e assegurar transações online seguras são prioridades essenciais.
Basicamente, qualquer empresa suficientemente grande para ter um braço de TI também precisa de alguém para cuidar da sua segurança.
Principais deveres de um analista de cibersegurança
Em síntese, o analista de cibersegurança é o bastião fundamental de defesa de uma entidade empresarial. Geralmente, refere-se a um cargo de nível básico (Nível 1 ou Nível 2), normalmente em um SOC (Security Operations Center), com especial foco em detecção ágil e resposta eficaz.
Vamos analisar suas responsabilidades diárias:
1. Monitoração e inspeção
Essa é provavelmente a tarefa mais importante. Utilizando plataformas especializadas chamadas SIEM (Security Information and Event Management), o técnico monitora um fluxo constante das ocorrências e alertas protetivos de toda uma rede corporativa.
O que fazem? Eles analisam registros de firewalls, servidores, máquinas e aplicativos.
- O objetivo? Identificar padrões anormais. Exemplo: por que um usuário do Brasil está tentando fazer login vindo da Nigéria às 3 da manhã? Por que um servidor está baixando repentinamente uma quantidade de dados vultuosa?
2. Triagem e manejo de incidentes
Quando um alerta parece ser um perigo real (um “ataque ou incidente”), o técnico é que inicia a reação.
- O que fazem? Eles aplicam um procedimento de “triagem”: investigam rapidamente a característica do alerta para identificar se o perigo é verdadeiro ou é um “falso positivo”.
- Qual o objetivo? Se a ameaça for real, eles devem isolá-la o mais rápido quanto possível (por exemplo, bloquear um endereço IP malicioso no firewall, desconectar um laptop infectado da network) e encaminhar o incidente para analistas seniores (Nível 2 ou Nível 3) para uma investigação minuciosa.
3. Implementação e Manutenção
Um analista de cibersegurança não está limitado a ser meramente reativo; ele também é proativo.
- O que fazem? Eles instalam e configuram softwares de proteção, como firewalls, softwares antivírus/ antimalware (EDRs – Endpoint Detection and Response) bem como recursos para prevenir intrusões (IPS).
- O objetivo? Assegurar que as plataformas estejam atualizadas com mais novos pacotes de seguridade e que as diretrizes protetivas da empresa estejam sendo aplicadas corretamente.
4. Varredura de Vulnerabilidades
Você não pode proteger algo se não souber que é vulnerável.
- O que fazem? Eles executam varreduras automatizadas no sistema e nas redes para descobrir falhas de segurança conhecidas (como software desatualizado e configurações incorretas).
- O objetivo? Criar relatórios que os times de TI ou de desenvolvimento possam usar para corrigir problemas antes que um invasor os encontre.
5. Apoio e Conscientização
A segurança transcende a esfera meramente técnica, sendo também humana. O técnico pode também estar envolvido em capacitar outros colaboradores.
- O que fazem? Eles ajudam a investigar e-mails de phishing relatados por colegas ou fornecem suporte técnico básico em temas relacionados à segurança (por exemplo, passwords e acesso VPN).
Competências essências de um analista de cibersegurança
Objetivando se destacar como profissional de cibersegurança, você necessita combinar de forma equilibrada habilidades técnicas (hard skills) e habilidades comportamentais (soft skills).
Habilidades técnicas (habilidades específicas)
São alicerces para construir seu encarreiramento são exatamente as coisas passíveis de aprendizado:
- Conhecimento de redes: Você precisa compreender como computadores se comunicam. Conceitos como TCP/IP, DNS, DHCP, roteamento e sub-redes são essenciais. É impossível proteção duma rede sem entender como ela funciona.
- Sistemas operacionais: Um sólido domínio sobre a operacionalidade do Windows e o Linux (especialmente a interface de linha de comando) e como funcionam é vital, uma vez que a maioria dos servidores e APPs são executadas nessas plataformas.
- Noções elementares de proteção: Compreendendo conceitos fundamentais: Um firewall, uma VPN, um proxy, que é malware, phishing, ataques para sobrecarregar um servidor (DDoS).
- Familiaridade com ferramentas: Experiência (mesmo que básica) com ferramentas SIEM (Splunk, QRadar, Elastic SIEM), scanners de vulnerabilidades (Nessus, OpenVAS) e soluções EDR (CrowdStrike, SentinelOne) frequentemente representa uma significativa vantagem.
Habilidades comportamentais
São essas qualidades que geralmente distinguem um profissional mediano de um excepcional. Elas não se aprendem lendo apostilas, mas sim observando e demonstrando as aptidões dum excelente instrutor.
- Pensamento lógico e resolução de problemas: A essência do trabalho é analisar milhares de peças de um quebra-cabeça (registros) e enxergar o panorama geral. É uma atividade de detetive.
- Atenção às minúcias: A distinção entre um incidente real e um falso positivo é possível que seja uma única linha de código ou um único evento de log. Assim, é proibitivo ser negligente em sua análise.
- Resiliência ao estresse: quando um incidente de segurança grave está em curso (exemplo: ataques Ransomware para sequestro de sistemas), a pressão é imensa. Por isso, a disciplina exige permanecer sereno, seguir os procedimentos e expressar-se claramente é crucial.
- Curiosidade e aprendizado contínuo: O ramo da cibersegurança muda diariamente. Os atacantes estão constantemente inventando novos métodos. É imperativo cultivar um forte desejo de sempre aprender algo novo continuar atualizado.
- Comunicação: Você deve conseguir explicar questões técnicas complexas para indivíduos sem conhecimento técnico (gerentes) ou reportar um evento de maneira concisa e clara para a equipe sênior.
Você está habilitado a pleitear o próximo posto de analista de cibersegurança?
O trabalho de um analista de cibersegurança é, sem reconhecidamente, desafiador. É uma profissão que exige estado de alerta constante, aprendizado permanente e a sagacidade para impedir ações maliciosas. No entanto, ademais se revela como uma carreira incrivelmente gratificante, financeiramente estável que promove um impacto real no ecossistema virtual em que vivenciamos.
Dessa forma, se a descrição acima despertou-lhe curiosidade e você se vê como um escudeiro digital, as boas novas é que você não precisará passar anos estudando para iniciar. A procura está tão alta que as instituições estão buscando ativamente indivíduos com as competências e atitude proativa.
Finalmente, a Wawiwa Tech criou o treinamento de Analista de Cibersegurança justamente para esse propósito. Refere-se a um treinamento de meio período com 350 horas em 8 meses, desenvolvido para levar você do zero (ou do nível básico em TI) e fornecer conhecimento fundamental sobre redes, sistemas operacionais e, principalmente, operações de proteção específicas para os SOCs (Security Operations Centers).
Nosso objetivo é simples: prepará-lo com os fundamentos da profissão para que, ao término do curso, você estará pronto para pleitear e obter uma posição de nível júnior na área.
Key Takeaways
- A demanda por analistas de cibersegurança cresce à medida que ameaças digitais aumentam, especialmente no Brasil.
- O analista de cibersegurança monitora, responde a incidentes e mantém a segurança das redes de uma organização.
- Setores como financeiro, governo e infraestrutura crítica recrutam analistas de cibersegurança ativamente.
- Habilidades técnicas e comportamentais são essenciais, incluindo conhecimento de redes e comunicação eficaz.
- O curso da Wawiwa Tech prepara novos profissionais em cibersegurança para posições de nível júnior.